Nesta semana, dona Maria Oriovinda fez as vezes de Mamãe Noel e desfilou pelos corredores do Complexo Hospitalar Unimed distribuindo bombons aos outros pacientes, clientes e funcionários. Mais importante que o cartão fixado ao presente era a própria mensagem da história de vida dela: internada no Complexo desde abril, a senhora de 78 anos tem uma doença pulmonar obstrutiva crônica que a impede de respirar por conta própria, sendo necessário o uso de um ventilador mecânico de forma permanente. Por conta do seu quadro de saúde, dona Maria não tem perspectiva de alta hospitalar. Surge, então, uma problemática: como ressignificar o tempo diante de tal perspectiva e, principalmente, como resgatar a qualidade de vida e bem-estar em meio à nova rotina?

 

 

A resposta está na atuação do Núcleo de Cuidados Humanizados do Complexo Hospitalar Unimed, grupo que promove os cuidados paliativos de pacientes com doenças incuráveis. Como sua principal premissa, existe o entendimento do paciente e de sua história de vida, particularidades e vontades, para além do diagnóstico.

 

O Núcleo é composto por uma equipe multiprofissional, que inclui médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista, farmacêutico e assistente social. A atuação dos profissionais se estende ao cuidado em quatro dimensões: o sofrimento físico, emocional, social e espiritual, tanto dos pacientes quanto de suas famílias. Além disso, o Núcleo de Cuidados Humanizados presta apoio à equipe assistente no manejo do controle dos sintomas provocados pelas doenças, como explica a médica-assistente de dona Maria, Dra. Martina Winkler:

 

“A importância do cuidado paliativo está no olhar global, com foco não somente na doença, mas na prevenção mais precoce possível dos sintomas ou das reações adversas ao tratamento que a pessoa está recebendo. Ele vai além da fase terminal, atuando na promoção da sobrevida, com conforto e qualidade de vida. O caso da dona Maria nos mostra que o cuidado paliativo não significa acelerar a morte do paciente, pelo contrário, essa abordagem é uma afirmação de vida.”

 

Por meio de ações especiais como a de Natal, os festejos de aniversário e passeios ao ar livre, sempre com respaldo médico e do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, a equipe torna o dia a dia no hospital mais leve também para a família de dona Maria, que, acompanhando a paciente em todos os momentos, vivencia os desafios junto dela à medida que a doença progride.

 


Festejos no aniversário incluíram até bolo falso e plaquinhas divertidas

 

“Cuidados paliativos não são sobre morte. São, na realidade, sobre uma busca incansável por tornar a vida o mais significativa possível. Quando pacientes como a dona Maria (portadores de doenças graves ameaçadoras da vida, com sintomas físicos e emocionais severos) recebem cuidados paliativos de excelência, descobrem que a dor pode ser menos intensa, que a falta de ar pode ser amenizada e assim percebem que muitas coisas que gostavam de fazer, e por causa do adoecimento não podiam mais, podem voltar a ser realizadas, como tomar banho sozinho, escovar os dentes e até voltar a falar. E só podemos oferecer esse cuidado centrado no paciente conhecendo seus desejos, seus princípios, prioridades e valores”, afirma a médica-oncologista pós-graduada em Cuidados Paliativos Dra. Mariana Goettems.

 

Confira os registros da nossa mais querida Mamãe Noel:

 

 

 

 

 

 

 

 

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