“Precisa comer bem para crescer forte!” Quantas vezes você já ouviu ou disse isso na sua casa?

 

 

A frase está correta, mas aqui vale um cuidado:

 

Comer bem não significa comer muito nem necessariamente raspar o prato sempre. Comer bem é ter um cardápio variado e nutritivo e respeitar os sinais de saciedade do corpo – na infância e em qualquer idade.

 

Crianças introduzidas a uma dieta diversa e nutritiva têm mais chances de se desenvolver com saúde e se tornar adultos com bons hábitos alimentares.

 

Quer saber mais? Continue a leitura!

 

De olho no futuro

 

Segundo dizem os especialistas, adultos que cresceram com pouca variedade alimentar possivelmente têm dietas restritas a carboidratos simples e gordura saturada (como batata e manteiga, respectivamente).

 

Isso pode levar a carências nutricionais, doenças crônicas e obesidade. Não que esses grupos alimentares não sejam importantes, nutritiva e emocionalmente, afinal alimentação também é prazer.

 

De qualquer forma, não é aconselhado focar apenas em um tipo de comida e deixar de lado vitaminas, fibras, proteínas e minerais.

 

Mas agora você pode estar se perguntando como convencer seu filho a comer brócolis e cenoura, por exemplo. Vamos para o próximo tópico.

 

Educação alimentar: cuidado diário

 

Nos primeiros meses, o bebê está acostumado apenas com o leite materno e/ou fórmula. A partir da introdução alimentar e, à medida que ele cresce, ele começa a conhecer novos sabores.

 

A reação nem sempre vai ser de amor à primeira colherada – aliás, raramente vai. É preciso tempo e paciência para que as papilas do bebê se acostumem às novidades.

 

É possível que a criança realmente não goste de um alimento ou outro (isso acontece com os adultos também!). Mas, para ter certeza dessa preferência, é preciso que o alimento seja oferecido diversas vezes.

 

Sem pressão: não precisam ser tentativas consecutivas. Faça intervalos, mude a apresentação.

 

Mude o visual do alimento

 

A criança não gostou do brócolis cozido? Tente outro dia. Talvez ela prefira a crocância do vegetal assado, ou goste dele amassadinho e misturado ao arroz. Solte a criatividade! Enquanto isso, continue investindo em outros alimentos.

 

Uma boa dica é apostar em pratos coloridos, que, além de serem mais nutritivos, estimulam o apetite só de olhar. Você pode combinar a novidade com comidas que a criança já gosta, colocando apenas uma “descoberta” por vez.

 

Que tal incrementar o molho tradicional de tomate para o macarrão, adicionando um legume? Isso estimula o paladar e aumenta o consumo de fibras, antioxidantes e vitaminas. A cenoura (rica em vitaminas A e C), por exemplo, pode ir muito bem! O mesmo vale para o feijão: legumes adicionam sabor e nutrientes a esse clássico.

 

Levar as crianças à horta ou à feira também ajuda a estimular a curiosidade sobre vegetais, hortaliças e outros alimentos diferentes. O mesmo efeito acontece quando você leva as crianças para cozinhar junto.

 

O exemplo começa em casa

 

Os hábitos alimentares dos adultos são a principal referência dos filhos. Não tem como esperar que a criança coma todos os legumes, verduras e frutas se você não compra, prepara e consome esses ingredientes.

 

As atitudes em casa tendem a ser copiadas, desde a forma de falar até as escolhas alimentares. Também é importante se atentar ao fato de que nem tudo que você gosta pode ser oferecido ao seu filho.

 

Os especialistas orientam que alimentos açucarados, industrializados e processados (como salgadinhos, chocolates, biscoitos recheados, refrigerantes e fast food) não sejam ofertados até os 2 anos. Como são alimentos altamente palatáveis, não precisam ser estimulados.

 

Saiba: o açúcar é um nutriente importante para o corpo, mas o que vem das frutas e carboidratos integrais já é suficiente para suas necessidades.

 

Criatividade e quantidade

 

Criar momentos agradáveis durante as refeições também ajuda a criança a relacionar a comida com prazer. Comam em família, expliquem para o pequeno o que está no prato e estimulem a criatividade.

 

Por fim, a quantidade de comida a ser oferecida aos filhos é um ponto de dúvida frequente. A Secretaria de Educação do Distrito Federal recomenda que os pais confiem na criança – ela vai comer a quantidade de que precisa.

 

É importante apresentar novos alimentos, acompanhar as refeições e não desistir após a primeira recusa. Porém forçar não é a saída. Com o tempo e observação, você entende a porção que o sacia e ele se abre a experimentar as novidades.

 

Fonte: Unimed do Brasil.