O avanço da tecnologia na saúde tem proporcionado inovações significativas para pacientes e comunidade médica. E, assim como em diversas especialidades, o Complexo Hospitalar Unimed Nordeste-RS está na vanguarda dessas inovações na região e no estado ao disponibilizar aos seus beneficiários o primeiro robô cirúrgico da Serra Gaúcha, a Plataforma Robótica Da Vinci X, um dos sistemas cirúrgicos mais seguros e utilizados em todo o mundo.

 

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Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre a tecnologia, conversamos com Thaís Bordin, enfermeira e coordenadora do Programa de Cirurgia Robótica da Unimed Nordeste-RS. Confira a seguir tudo o que você precisa saber sobre esse tipo de cirurgia:

 

Unimed Nordeste-RS: A cirurgia robótica é segura?

Thaís Bordin: A cirurgia robótica está cada vez mais difundida na medicina, sendo uma inovação tecnológica em constante evolução no mundo. Atualmente, é considerada a técnica mais moderna em procedimentos minimamente invasivos e padrão ouro para o tratamento em muitas especialidades médicas. Os profissionais que atuam em Cirurgia Robótica são extremamente qualificados, realizando treinamentos constantes de forma sistemática e periódica. Além disso, seguem rígidos protocolos de segurança, ou seja, qualidade e excelência na assistência à saúde.

 

U: O que a legislação fala sobre o tema e quais as garantias a respeito?

T: Em 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o tratamento cirúrgico com a plataforma robótica. E, em 2022, foi regulamentada no Brasil com a resolução do CFM Nº 2.311/2022, onde a legislação aborda os critérios para a realização do procedimento, competências e treinamentos obrigatórios para a equipe de cirurgia robótica.

 

U: Que tipos de cirurgia poderão ser feitas no Complexo Hospitalar Unimed com essa tecnologia?

T: Vários tipos de cirurgias, entre elas estão as especialidades de urologia, ginecologia, torácica, coloproctologia, geral/digestiva, cabeça e pescoço. O robô cirúrgico pode ser utilizado em todas essas especialidades médicas. Para a realização destas cirurgias, após a implantação da nova tecnologia, o cirurgião precisa estar certificado, isto é, cumprir os critérios estabelecidos pelo CFM Nº2.311/2022 e pelas sociedades médicas, para poder operar com a plataforma robótica.

 

U: Afinal, quais os diferenciais da cirurgia robótica em relação à cirurgia convencional?

T: A cirurgia robótica traz importantes vantagens em relação à cirurgia convencional (aberta), como uma menor invasão, melhor ergonomia, alta definição, visão ampliada tridimensional, câmera estável e guiada pelo cirurgião, amplitude superior de movimento e de escala e maior destreza na movimentação das pinças. Estes diferenciais trazem inúmeros benefícios para a segurança do paciente, como: menores incisões, redução de hemorragias e transfusão sanguínea, redução na dor pós-operatória, baixo risco de complicações, menor tempo de internação e redução da morbimortalidade.

 

U: Na prática, como funciona uma cirurgia robótica? Como o robô opera?

T: De forma simples, a cirurgia robótica é um procedimento que consiste em acesso laparoscópico, isto é, pequenos orifícios por onde são introduzidos a câmera e as pinças robóticas, e os movimentos dos instrumentos são realizados por braços robóticos. O robô não opera sozinho. Todas as manobras são conduzidas pelo cirurgião, que fica sentado em um console controlando os braços robóticos por meio de joysticks.


A cirurgia robótica vai além da videolaparoscopia pois oferece ao médico uma visão Full HD 3D, filtro de tremor para maior precisão, ergonomia e maior amplitude de movimento, além de facilitar ao cirurgião alcançar estruturas que nenhuma outra modalidade oferece. Na foto, robô Da Vinci X.

 

U: Qualquer paciente pode ser submetido a esse procedimento?

T: Não existem contraindicações absolutas para a cirurgia robótica. É importante que o paciente seja avaliado pelo cirurgião responsável e anestesista de forma individualizada e criteriosa.

 

U: A cirurgia é coberta pela Unimed Nordeste-RS?

T: Apesar das vantagens da cirurgia robótica, é importante salientar que, atualmente, ela não está prevista no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No entanto, os planos de saúde contemplam os custos relacionados à cirurgia laparoscópica, proporcionando aos beneficiários acesso a procedimentos minimamente invasivos.

 

O robô Da Vinci X, desenvolvido pela empresa norte-americana Intuitive, deve estar em operação já no primeiro semestre de 2024.

 

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