Não é raro ouvirmos campanhas de prevenção contra a dengue. Você já deve saber: colocar areia na base dos vasos de plantas, evitar acúmulo de chuva em lonas e pneus, cuidado com água parada no geral. Mas por que isso é tão necessário? Por que precisamos ficar de olho na dengue? E mais importante: quais são os riscos que a doença traz à nossa saúde?

Para responder essas e outras perguntas, listamos 5 pontos fundamentais no entendimento e na prevenção da dengue. Confira!

1. O que é dengue?

A dengue é uma doença causada pelo vírus do gênero Flavírus que se hospeda no mosquito Aedes aegypti. É uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresente. Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. Geralmente, quando contaminada pela primeira vez, a pessoa contrai a dengue clássica. Em uma segunda contaminação, existe um risco muito maior de se contrair a dengue hemorrágica, que é muito mais grave e pode levar à morte.

2. Como é a transmissão e incubação?

A transmissão da dengue se dá através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado pelo vírus causador da dengue. Ao contrário de outras doenças virais, a dengue não é transmitida pelo contato físico com doentes ou contato com as suas secreções. Depois de ser picada pelo mosquito transmissor da dengue, a pessoa fica com a doença incubada por um período de 3 a 15 dias.

3. Quais são os principais sintomas?

A dengue pode ser do tipo clássica ou do tipo hemorrágica. A primeira possui um quadro clínico muito variável. Normalmente o primeiro sintoma é febre alta (de 39 a 40º), seguida de dor de cabeça. Conforme evolui, esse tipo de dengue ocasiona outros sintomas, como dores oculares, náuseas e vômitos. Os sintomas também variam de acordo com a idade do paciente. Em algumas crianças, nota-se o surgimento de dores abdominais. Nos adultos, podem acontecer sangramentos na gengiva e outras pequenas hemorragias.

A dengue do tipo hemorrágica é a mais perigosa. A fase mais grave desse tipo de dengue acontece durante o intervalo entre o período febril e não-febril, que ocorre após o 3º dia da doença. A pessoa acaba sentindo uma falsa sensação de melhora e, em seguida, piora. O quadro clínico é muito parecido com a do tipo clássica, mas evolui rapidamente e pode levar à morte.

4. Como se dá o tratamento?

Não há um tratamento específico para a dengue do tipo clássica. A medicação, principalmente analgésicos e antitérmicos, é utilizada apenas para tratar os sintomas. O repouso e a hidratação do organismo também fazem parte do tratamento.

Os pacientes com dengue hemorrágica devem ser observados com muito cuidado e, ao menor sinal de identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão arterial, a pessoa deve procurar ajuda médica.
A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico. Pessoas com dengue ou com suspeita de dengue devem evitar, sob qualquer circunstância, os remédios derivados de salicilatos (ácido acetilsalicílico), como o AAS e a Aspirina.

5. Qual a melhor forma de prevenção?

O combate ao mosquito transmissor da doença é o caminho para evitar a epidemia. As larvas do mosquito da dengue são encontradas normalmente em águas paradas limpas ou semilimpas. A única maneira de impedir a reprodução do Aedes aegypti é vedar caixas d’água, cobrir tonéis, proteger recipientes da chuva ou emborcar garrafas, latas, pneus e outros objetos que possam acumular água.