Você já ouviu falar em infotoxicação? Será que você já experimentou algum de seus sintomas? Nesta matéria, você vai entender o que é infotoxicação e conferir dicas simples para lidar com o problema.

 

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Um problema comum

 

Imagine a seguinte situação. É o final de tarde de uma quinta-feira. Você passou o dia todo no escritório, horas em frente à tela do computador. Mesmo com o dia cheio, telefonemas e notificações não param de chegar.

 

Quando chega o fim do expediente, você entra no carro e parte em direção ao tão sonhado descanso. Enquanto espera o semáforo abrir, no engarrafamento no centro da cidade, você liga o rádio para se distrair. Notícias da região, do país e do mundo bombardeiam a programação.

 

Você finalmente consegue chegar à sua casa, se joga no sofá e pega o celular. Na tela, nada surpreendente: as mensagens se acumularam, você está cheio de posts para ver, áudios para ouvir e demandas para resolver. Então decide ligar a TV para ajudar a relaxar. O barulho e a intensidade das informações só causam mais estresse. Logo é a hora de dormir. No dia seguinte, tudo de novo.

 

Se esse cenário é frequente para você, cuidado: você pode estar diante de uma infotoxicação.

 

O que é infotoxicação?

 

O conceito criado pelo físico espanhol Alfons Cornellá em 1996 significa “doença causada pela soma de informação com intoxicação”. Na prática, a infotoxicação pode ser identificada pela sobrecarga mental causada pelo excesso de informações.

 

O consumo de vários canais ao mesmo tempo pode gerar ansiedade, frustração e estresse. Mas qual a origem, afinal, das informações que causam tudo isso?

 

Tanto o excesso de consumo dos meios tradicionais – TV, rádio, jornais e outros –, como das redes sociais e até mesmo de games podem provocar a sensação de “estar sufocado” em meio a tantas informações.

 

Com o excesso de dados, notícias e notificações, a informação nunca é totalmente digerida e, por isso, passamos a experimentar sintomas como angústia, cansaço, falta de atenção, dificuldade de manter o foco, entre outros.

 

A chave para combater a infotoxicação não é deixar de consultar os canais, mas saber utilizá-los com equilíbrio. A seguir, veja dicas que podem ajudar nesse processo:

 

Preserve seu bem-estar

Aprenda a identificar os sinais de que algo não está indo bem. Momentos de estresse fazem parte da vida, mas, se vividos por longos períodos, comprometem a saúde mental. Não tenha medo de buscar ajuda profissional.

 

Reduza o número de canais e de redes sociais

Quais os meios que realmente trazem informações relevantes para você? Se sentir que algum deles não agrega bem-estar, gerando mais estresse do que conhecimento útil, considere dar um tempo da plataforma.

 

Mantenha vínculos sociais fora da internet

Tire um tempo para ficar offline e prestar atenção ao que está ao seu redor. Nesse momento, vale silenciar as notificações ou, caso ache mais fácil, manter o celular longe para apreciar, de verdade, os encontros presenciais.

 

O compartilhamento de informações está cada vez mais rápido. Para que a quantidade de textos, imagens e sons não seja sufocante, vale ter cuidado: filtre o que realmente é importante e confiável, estabeleça limites de tempo para usar a internet e lembre-se de curtir a vida fora das telas. Compartilhe este post nas suas redes e, mais importante, coloque-o em prática fora delas. Combinado?