Sábado (10) é o Dia Mundial da Saúde Ocular. A data tem como objetivo conscientizar a população a respeito da importância de prevenir e diagnosticar doenças que podem levar à perda de visão.

Entre os adultos, as razões mais comuns para a baixa visão são:

– Catarata;
– Glaucoma;
– Degeneração macular relacionada à idade;
– Retinopatia diabética.

Já entre as crianças, as causas mais frequentes do problema são:

– Infecções congênitas;
– Catarata congênita;
– Retinopatia da prematuridade;
– Glaucoma congênito;
– Estrabismo;
– Erros de refração não corrigidos.

Entre as condições acima, a catarata chama atenção por sua alta ocorrência. Para se ter ideia, ela é responsável por mais da metade (51%) dos casos de cegueira no mundo, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). São em torno de 20 milhões de pessoas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), aproximadamente 550 mil casos surgem no Brasil a cada ano.

Mas como começar a diagnosticar essas doenças e, mais importante, como preveni-las? Bom, primeiro é preciso estar em dia com o oftalmologista. Abaixo, confira perguntas e respostas sobre o assunto:


 

Com que frequência devemos ir ao oftalmologista?

Segundo o oftalmologista Dr. Eduardo Della Giustina, são dois os momentos-chave para consultar o médico especialista na infância: no primeiro ano de idade da criança e na fase de ingresso na escola. Depois, a não ser por indicação específica, as consultas devem ser anuais a partir dos 40 anos.

 


Que sinais podem indicar um problema ocular?

O Dr. Eduardo alerta: qualquer tipo de baixa na visão e dor ou vermelhidão nos olhos são sinais para procurar um especialista. Lembre: muitas das doenças relacionadas à saúde ocular podem ser tratadas se diagnosticadas de forma ágil.


 

Que hábitos devemos manter para cuidar bem dos nossos olhos?

Entre as ações que podem ajudar a preservar nossa visão estão os cuidados com proteção solar, a boa alimentação e evitar o contato excessivo com telas de dispositivos eletrônicos. Claro que tudo isso vale para os pequenos também. No caso das telas e monitores, uma dica é o estímulo de atividades ao ar livre diariamente. O “brincar lá fora” faz com que nossos olhos focalizem em objetos tanto próximos quanto distantes, em vez de somente os próximos, como acontece quando usamos celulares, TVs e videogames. Evitar o excesso das telas impede o agravamento do quadro em quem já tem doenças oculares e combate a sensação de “vista cansada”.

No que diz respeito ao cuidado com o sol, você já deve saber: a exposição sem proteção pode danificar a córnea, o cristalino e a retina, de maneira gradual e cumulativa. Por isso, o uso de óculos escuros, com proteção adequada contra a radiação ultravioleta (raios UVA e UVB), é imprescindível. Mesmo no dia a dia e mesmo na infância.

Por fim, uma dieta balanceada e rica em nutrientes contribui para a manutenção da saúde dos olhos. Busque ingerir com frequência espinafre, couve, salmão, atum, ovos, nozes e feijão, alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, luteína e zinco. Esses componentes previnem a catarata e a degeneração macular.

Ao praticar hábitos saudáveis e prestar atenção nos sinais que podem indicar que algo não está bem, você estará preservando sua saúde ocular. Em caso de dúvidas, não feche os olhos para o problema! Procure, sempre, seu médico oftalmologista.