Você provavelmente já ouviu alguma piada sobre o exame de toque da próstata indicado para homens. Ainda há muitos mitos e tabus envolvendo o cuidado dessa região, apesar de ele ser vital para a prevenção de doenças como o câncer.

 

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Há quem diga que o toque causa dor, que esse exame e o PSA são a mesma coisa ou até que o câncer de próstata diminui a virilidade. Isso não é verdade.

 

Para desmistificar questões como essas, continue a leitura!

 

O que é o PSA?

 

PSA é a sigla em inglês para antígeno prostático específico, uma proteína produzida pela próstata. O exame de sangue que identifica a quantidade dessa proteína no organismo leva o mesmo nome: PSA. 

 

Ele é um exame de sangue comum (ou seja, só pode causar desconforto a quem tem medo de agulha).

 

Caso o nível de PSA esteja maior do que o normal, é necessário realizar outros exames.

 

Vale antecipar: a alteração no nível de PSA não é suficiente para o diagnóstico de câncer de próstata. Para isso, é preciso também o exame de toque e a biópsia.

 

O PSA substitui o exame de toque?

 

Segundo o Ministério da Saúde, o índice de PSA pode estar normal em até 15% dos homens com câncer de próstata. Ou seja, apesar de sua importância, esse exame não substitui o de toque.

 

Eles são ferramentas que ajudam a identificar a doença, cada um com uma atuação própria. Enquanto o PSA detecta a produção da proteína, o toque ajuda a identificar alterações no tamanho, na superfície e em outras características físicas da próstata.

 

Caso haja alguma suspeita, o urologista consegue pedir com mais embasamento uma biópsia, a partir das informações cruzadas de ambos os exames. Esse mapeamento também ajuda a melhor elaborar um possível tratamento.

 

O exame de toque causa dor?

 

Este é um dos grandes mitos. Na verdade, o exame é indolor e rápido. O toque retal dura em média apenas 15 segundos.

 

Quando se deve fazer os exames de toque e PSA?

 

Não existe consenso na comunidade médica sobre quando é apropriado começar os exames de rastreamento, mas é crucial abordar essa decisão em consulta com o médico.

 


Risco de câncer de próstata é mais elevado em homens com sobrepeso ou obesidade; nesse sentido, prática regular de exercícios físicos é um cuidado importante.

 

Em linhas gerais, a conversa sobre esse assunto tende a começar por volta dos 40 a 50 anos, especialmente para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata.

 

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde não indicam os exames para simples rastreio. Porém, em casos de homens que fazem parte dos grupos de maior risco ou com sintomas, o exame é fundamental para o diagnóstico.

 

Quais os fatores de risco para o câncer de próstata?

 

Os fatores de risco que precisam ser avaliados na consulta médica são:

 

Idade: o risco aumenta com o avançar da idade, especialmente a partir dos 55 anos.

Histórico de câncer na família: homens com pai, avô ou irmão que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos fazem parte do grupo de maior risco, Nesse caso, o exame de rastreio é indicado.

Sobrepeso e obesidade: o risco de câncer de próstata é mais elevado em homens com peso corporal mais elevado.

 

Quais os sintomas para ficar de olho?

 

O câncer de próstata pode ser silencioso, principalmente no início. Mas é importante ter atenção aos seguintes sinais:

 

- Dificuldade ou ardor ao urinar

- Demora em começar e terminar de urinar

- Sangue na urina

- Jato de urina fraco

- Aumento da frequência de ida ao banheiro

- Dor na região do períneo

 

Esses mesmos sintomas podem ser indicativos de doenças benignas também. Mas, na presença deles, é fundamental realizar os exames para investigar.

 

Impactos na virilidade

 

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) assegura que nenhum dos exames tem ligação com qualquer aspecto da sexualidade.

 

Por falar nisso, muitos acreditam que o tratamento do câncer de próstata pode comprometer a virilidade.

 

No entanto, a própria SBCO explica: é normal haver uma pequena redução da excitação sexual após o tratamento, mas o ritmo do corpo volta ao normal dentro de alguns meses a um ano.

 

Além disso, aproximadamente metade dos homens com bom desempenho sexual antes do tratamento se mantém assim até a conclusão.

 

O cuidado é constante

 

29% dos diagnósticos de câncer em homens no país são de próstata, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o Ministério da Saúde, muitos casos poderiam ser evitados se a população masculina se cuidasse mais.

 

Manter uma rotina de exames e consultas é fundamental para mapear o corpo e alcançar o diagnóstico. Quando feito de maneira precoce, a chance de cura é de até 90%.

 

Buscar orientações médicas de confiança e conversar com sua família sobre seus receios e dúvidas pode te ajudar a desmistificar o assunto. Informação e afeto são formas poderosas de cuidado.

 

Fonte: Unimed do Brasil.