O Setembro Amarelo intensifica o debate sobre um tema que ainda é tabu, mas a discussão sobre suicídio e saúde mental vale para todos os dias do ano.

Ansiedade, sobrecarga mental e depressão são alguns sinais de que algo não vai bem. Você já sentiu algum desses sintomas? Ou já percebeu que alguém da sua equipe de trabalho sentia? A seguir, listamos três aspectos para ficar de olho quando falamos em saúde mental e trabalho.

1. Rotina

A psicóloga Maria Lucia de Lima Cavalheiro, da Medicina Preventiva da Unimed Nordeste-RS, explica que a rotina de trabalho é o elemento crucial na organização e previsibilidade de uma empresa. Ela também é fundamental para a construção de mindset (a configuração da mente) do trabalhador.

– Rotinas rígidas, pouco abertas a mudanças, podem impossibilitar os trabalhadores de colocar em prática todo o seu potencial, limitando o seu desenvolvimento e inibindo suas competências. Em contrapartida, rotinas extremamente abertas, que mudam a todo momento e que não têm critérios em suas definições, podem exigir dos trabalhadores atitudes e competências que não condizem com as responsabilidades pelas quais foram contratados – diz Maria Lucia.

2. Relações interpessoais

Além da organização do trabalho, outro fator que pode influenciar no bem-estar mental dos trabalhadores são as relações interpessoais, tanto entre colegas quanto com as suas lideranças.

– As relações de poder podem ser estabelecidas no contexto de trabalho de maneira informal entre colegas, como um jogo de forças das diferentes características de personalidade na dinâmica grupal. Quando essas relações se configuram de forma patológica e disfuncionais, podem gerar situações de assédio, estresse, explosões verbais e comportamentais, sentimento de desesperança, baixa autoestima, entre outros – destaca a psicóloga.

3. Procurando ajuda
O início de um adoecimento mental pode ser percebido pelas lideranças e pelos colegas quando começam a ocorrer:
– Acidentes de trabalho envolvendo o trabalhador por constantes distrações e preocupações;
– Baixa no desempenho e produtividade por perda de interesse no trabalho, tristeza, desesperança;
– Constantes faltas ao trabalho por medo ou atitudes, para tentar evitar o estresse com as pessoas ou com o ambiente.

Quando algum desses sinais é percebido, é hora de buscar ajuda adequada. Uma avaliação especializada e acompanhamento psicoterápico fazem toda a diferença.

– Psiquiatras e psicólogos não devem ser associados a doenças mentais, mas à saúde mental. É necessário romper esse paradigma para obter os cuidados e tratamento necessário – observa Maria Lucia.

O primeiro passo é passar por uma avaliação médica e obter a guia de encaminhamento. Com ela, basta entrar em contato com a Medicina Preventiva da Unimed, pelo fone (54) 3289.9300; a equipe estará pronta para orientar você.

– O ideal é buscar ajuda especializada preventivamente, ou assim que os sinais indesejados surgirem. Não deixe atingir um nível importante, mas, se já estiver nesse patamar, não se intimide. Busque amparo em qualquer fase, porque, independentemente da situação, tendo empenho e acolhimento certos, vai haver oportunidade de resgatar a qualidade de vida no âmbito de trabalho e na vida como um todo – encerra a profissional.

*Dicas são da psicóloga Maria Lucia de Lima Cavalheiro, da Medicina Preventiva da Unimed Nordeste-RS

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