Estresse, depressão, ansiedade, burnout: você, provavelmente, já ouviu falar de alguma dessas doenças. Questões ligadas à saúde mental atingem pessoas de todos os gêneros, raças e classes sociais.

 

 

 

 

 

Segundo levantamento da Previdência Social, os transtornos mentais são a terceira principal causa de afastamento de trabalhadores por doença. Em pesquisa realizada pelo International Stress Management Association do Brasil (ISMA-BR), em 2018, 72% dos trabalhadores entrevistados diziam estar frequentemente estressados. Entre esses, 32% tem a Síndrome de Burnout. 

 

 

Esgotamento total: o que é a Síndrome de Burnout? 

 

Ao contrário das demais síndromes, a de Burnout é exclusivamente ligada ao trabalho. O crescimento no número de casos levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a incluir, em 2019, a síndrome na Classificação Internacional de Doenças (CID).

 

Segundo essa classificação, “Burnout é uma síndrome resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”. Os sintomas dessa síndrome são: sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia; aumento do distanciamento mental do próprio trabalho ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho; e redução da eficácia profissional.

 

Não reconhecer o problema só piora a situação: segundo o estudo da ISMA-BR, 90% das pessoas com Burnout alegam seguir trabalhando por medo de demissão. 

 

 

Como criar um ambiente de trabalho realmente mais “zen”

 

equipe de trabalho se abraçando

 

Para o autor do livro “Morrendo por um salário”, o professor da Universidade de Stanford, Jeffrey Pfeffer, as medidas paliativas, como salinha da soneca ou exercício de relaxamento, não bastam. Em entrevista à revista Exame em 2019, ele foi enfático ao dizer que o estresse precisa ser prevenido e não tratado: “alguma coisa tem de ser feita, porque a depressão, a ansiedade e as taxas de suicídio estão crescendo. Cedo ou tarde, isso só vai tornar a situação impossível para os países”.

 

 

Algumas posturas organizacionais ajudam a criar um ambiente mais saudável e também mais produtivo:

 

- Combater pressões desnecessárias, situações de assédio e humilhação

- Incentivar a colaboração e socialização no trabalho

- Respeitar horários de trabalho e descanso. O período de desconexão com o trabalho e com as responsabilidades é essencial para a saúde mental

- Ter pessoal qualificado para ouvir e ajudar funcionários em situações difíceis – profissionais ou pessoais

 

 

Manter a saúde emocional é importante para a sua carreira

 

grupo de pessoas correndo e caminhando na praça

 

Não adianta cumprir todos os prazos, atender todos os pedidos, se isso significa adoecer logo depois. Além de mudanças vindas de cima, é importante que o trabalhador entenda seu limite – e também o dos colegas. Os cuidados com o bem-estar no trabalho podem começar na sua equipe.

 

Que tal conversar com seu time e tentar colocar essas dicas em prática?

 

- Liste as tarefas e estabeleça prioridades

- Delegue mais: não centralize as responsabilidades

- Conheça seus limites: aprenda a dizer “não” para evitar sobrecarga

- Não extrapole seus limites por períodos frequentes ou prolongados

- Se fizer uma jornada mais longa, compense dormindo e comendo bem

- Exercícios de respiração para se acalmar: inspire pelo nariz dilatando os músculos do abdômen. Expire contraindo os músculos

 

 

Além disso, vale lembrar sempre das dicas de ouro para a carreira e para a vida: 

 

- Cuide da sua alimentação, de forma saudável e nutritiva

- Pratique exercícios três vezes por semana

- Diversifique interesses – tenha passatempos

- Consulte seu médico, perante sinais ou sintomas de perturbação emocional

 

 

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